O que é Educação Financeira?
A educação financeira é uma área transversal e interdisciplinar cujo propósito é auxiliar indivíduos na gestão dos seus rendimentos, dos seus sonhos, no consumo sustentável, nas suas decisões sobre investimentos, e na prevenção de situações problemáticas.
A educação financeira não deve, no entanto, ser confundida com a matemática financeira, visto que enquanto a primeira se trata de uma área que comunica com as outras como a economia, biologia (meio ambiente e saúde), história, sociologia, geografia, entre outras áreas, a segunda é específica da matemática.
Desde o surgimento do capitalismo, as pessoas tiveram a necessidade de se adaptar ao novo conceito de dinheiro e a suas variáveis (mais complexas do ponto de vista comparativo com sistemas económicos anteriores). As novas relações de troca, domínio e poder fundamentaram as bases económico-sociais vigentes ainda nos dias de hoje.
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O estudo das finanças pessoais envolve conceitos e técnicas fundamentais para a existência de uma gestão eficiente da renda de uma família. A poupança pode produzir a segurança necessária para a vida do indivíduo, assim como os investimentos de uma pessoa podem ser mais precisos e planejados conforme as suas necessidades de curto e longo prazo, resultando em ganhos maiores para a vida financeira das pessoas. Poupar, não necessariamente, exige o adiamento do consumo presente, visando ao consumo de algo maior no futuro, ou até a redução de consumo de produtos e serviços. Dois objectivos motivam as pessoas a poupar: a possibilidade de consumir mais no futuro, e as adversidades causadas pelo envelhecimento e consequente queda na capacidade de gerar receitas suficientes para arcar com as despesas.
O grande desafio da educação financeira é ensinar o hábito do controle financeiro, pois é precisamente neste ponto onde muitos erram, dado que temem analisar os seus gastos mensais. O controlo de gastos é algo muito difícil de se realizar, pois, é preciso identificar as questões de cunho emocional que também ofuscam a prática do consumo desordenado. Em pequenas despesas é que as pessoas não se dão conta das despesas no fim do mês, mas valores pequenos alteram definitivamente o orçamento de uma família.
Dicas de como conduzir uma vida financeira saudável
A seguir vão algumas dicas de como iniciar uma vida financeira sustentável
1. Ganhe, economize e invista
De uma coisa tenha total certeza, todas as pessoas que conhecemos e consideramo-las bem sucedidas financeiramente, a partir dos próprios esforços, trabalharam duro e ganharam, economizaram e investiram.
Para dar esse primeiro passo é preciso avaliar a quantidade e a qualidade dos gastos feitos mensalmente. Colocar no papel as despesas fixas (como aluguel, taxa luz, água, rancho da casa, transporte, escola… e internet) e as variáveis (passeios, lazer e viagens, por exemplo) é essencial. É a partir desses dados que você conhecerá a sua realidade financeira e os gastos do seu dia-a-dia. Desse modo, há chances de refletir sobre os seus hábitos e perfil de consumo, em busca de pontos que podem gerar economia de recursos para investir.
2. Estabeleça metas
Criar metas é fundamental para fazer o seu controle financeiro funcionar. As metas poderão te motivar a promover mudanças necessárias na rotina para levantar os recursos exigidos para as suas conquistas.
3. Estabeleça objetivos de curto, médio e longo prazo
Definir um plano único para ser alcançado em cinco anos, por exemplo, pode gerar desmotivação no meio do caminho. Desse modo, definir objetivos que possam ser alcançados em diferentes horizontes ajuda a manter a perspectiva, com uma conquista por vez.
4. Viva um degrau abaixo
Viver um degrau abaixo significa ter um estilo de vida que tenha custos menores que os seus rendimentos, o que permite uma planificação financeira com mais tranquilidade, gerando recursos para investimentos periódicos e amortecendo o impacto em caso de um imprevisto financeiro.
5. Faça aplicações mensais
Conhecendo o seu orçamento e gastos, é possível reservar uma parcela mensal dos ganhos para investir. Na hora de escolher os melhores investimentos, tudo dependerá do seu perfil de investidor.
6. Prepare-se para imprevistos financeiros
Esteja sempre preparado a possíveis imprevistos que possam ameaçar a concretização dos seus planos e a sua motivação. Os imprevistos são vários, podendo ser uma demissão, uma obra de reparo emergencial em casa ou uma oportunidade de curso imperdível, por exemplo. É por isso que, ao abordar o hábito de economizar dinheiro, vale a pena montar uma reserva de emergência.
7. Diferencie o preço do valor
A diferença entre preço e valor é bem importante para quem busca conhecer melhor o seu perfil e quer fazer mudanças na rotina em busca de economia e investimentos.
O preço de um produto é o quanto se paga por ele, como um sapato, uma roupa, um carro ou uma casa, por exemplo. O valor é quanto aquele produto adquirido tem no longo prazo, considerando os benefícios que ele trará.
8. Informe-se
Aprender sobre finanças pessoais (Educação Financeira) exige muita pesquisa para melhor enquadramento nas exigências actuais do mercado, por isso, informe-se sempre através de consultas na internet, revistas, jornais, conversar em casa com a família, com amigos e com especialistas sobre a educação financeira.